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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Daniel 8

Meditação: Daniel 8 - A Visão do Carneiro e do Bode

Meditação: Daniel 8 - A Visão do Carneiro e do Bode

Introdução

O capítulo 8 do livro de Daniel é uma continuidade da sequência profética que revela o plano de Deus para o futuro. Nele, encontramos a visão do carneiro e do bode, símbolos de poderes que surgem e dominam em períodos específicos da história. Esta profecia é crucial para compreendermos o papel de Cristo como nosso Sumo Sacerdote e o início do juízo investigativo no santuário celestial, temas centrais para a teologia adventista.

O Carneiro e o Bode: Símbolos dos Impérios Mundiais

Na visão de Daniel, o carneiro com dois chifres representa o Império Medo-Persa. O fato de um dos chifres ser maior simboliza a supremacia dos persas sobre os medos, apesar de estarem unidos em um único império. O carneiro, com grande poder, avança para o oeste, norte e sul, dominando tudo em seu caminho.

O bode que surge em seguida, com um chifre notável entre os olhos, simboliza o Império Grego, liderado por Alexandre, o Grande. A rapidez de suas conquistas é simbolizada pelo bode que não toca o chão, sugerindo a velocidade com que Alexandre conquistou o mundo. Porém, o chifre é quebrado no auge de seu poder, representando a morte prematura de Alexandre e a subsequente divisão de seu império entre seus quatro generais.

O Pequeno Chifre em Daniel 8

Assim como em Daniel 7, um pequeno chifre emerge nesta visão. Contudo, em Daniel 8, o pequeno chifre tem um significado mais abrangente. Ele não apenas se refere a um poder político, mas também a um poder espiritual que "cresce até o exército dos céus" (Daniel 8:10) e "se engrandece até o Príncipe do exército" (Daniel 8:11), ou seja, ataca diretamente o santuário celestial e o ministério de Cristo como nosso Sumo Sacerdote.

A teologia adventista identifica este pequeno chifre com o sistema papal, que se opôs à obra de Cristo no santuário celestial, interpondo-se entre Deus e os homens, promovendo falsos sistemas de mediação e culto.

As 2300 Tardes e Manhãs

Uma das partes mais intrigantes da visão de Daniel 8 é a profecia das 2300 tardes e manhãs, ao final das quais o santuário seria purificado. A interpretação adventista compreende que esta purificação do santuário não se refere ao templo terrestre, mas ao celestial. Em 1844, ao término dessa profecia, começou o juízo investigativo no céu, uma obra de Cristo no Lugar Santíssimo para examinar os registros de vida de todos os seres humanos e trazer à luz a justiça divina.

A Purificação do Santuário

O conceito de purificação do santuário é central para a compreensão do plano da salvação. Assim como o santuário terrestre era purificado anualmente no Dia da Expiação (Levítico 16), o santuário celestial precisa ser purificado do registro dos pecados. Esta obra de purificação é parte do processo do juízo investigativo que antecede a segunda vinda de Cristo. A Igreja Adventista do Sétimo Dia vê isso como o momento em que Deus prepara o mundo para o retorno de Jesus, quando Ele estabelecerá Seu reino eterno.

Conclusão: A Esperança no Juízo de Deus

O capítulo 8 de Daniel nos ensina que, apesar dos poderes opressores que surgem no mundo, Deus está no controle da história. A profecia das 2300 tardes e manhãs aponta para o trabalho de Cristo no santuário celestial, uma obra de juízo que traz esperança e redenção para o Seu povo. Esta mensagem nos lembra que o mal será finalmente erradicado e que, em breve, Jesus virá para buscar os que permanecerem fiéis.

Como adventistas, somos chamados a viver em preparação para este grande evento, confiando nas promessas de Deus e na obra redentora de Cristo em nosso favor.

Referências Bíblicas

Daniel 8 - A visão do carneiro e do bode, e a profecia das 2300 tardes e manhãs.

Hebreus 9 - A obra de Cristo como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial.

Levítico 16 - O Dia da Expiação e a purificação do santuário terrestre.

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