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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Deus e o Sofrimento.

O Sofrimento, a Justiça de Deus e o Livre-Arbítrio

O Sofrimento, a Justiça de Deus e o Livre-Arbítrio

Com o meu pouco conhecimento de Deus e da sua palavra, reconheço que questões como o sofrimento e o mal no mundo são extremamente difíceis e dolorosas, especialmente quando envolvem inocentes como crianças. O cristianismo ensina que Deus é amoroso, justo e todo-poderoso, mas também que vivemos em um mundo caído devido ao pecado.

1. O Livre-Arbítrio e o Mal

Deus criou seres humanos com o livre-arbítrio — a capacidade de escolher entre o bem e o mal. Isso significa que Deus não impõe Suas decisões sobre nós. Tragicamente, o abuso e o sofrimento são resultados das escolhas erradas que as pessoas fazem. Deus respeita o livre-arbítrio, ainda que isso permita o mal no mundo. "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço" (Romanos 7:19). As ações perversas de alguns indivíduos não refletem o caráter de Deus, mas sim a corrupção do coração humano.

2. O Grande Conflito

A teologia adventista acredita que o mundo está em meio a um grande conflito entre o bem e o mal, entre Deus e Satanás. Satanás é a origem do mal, e enquanto este conflito não terminar, o sofrimento existe. Deus, no entanto, não fica indiferente ao sofrimento. Ele sofre junto com os inocentes e está trabalhando em meio a esse mal para trazer redenção. Ellen G. White diz: “Deus é amor. Ele não se alegra com o sofrimento, e o seu propósito final é a eliminação de todo o mal” (O Grande Conflito, p. 29).

3. A Justiça de Deus

O fato de Deus permitir o mal por enquanto não significa que Ele seja indiferente. A Bíblia ensina que Deus é o Juiz final e que todos prestarão contas por suas ações. Há um dia em que a justiça será feita. Embora pareça que o mal triunfa, a Bíblia assegura que Deus intervirá no tempo certo para pôr fim ao sofrimento e à injustiça. “O Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá” (Salmo 1:6). Ellen G. White reforça que "haverá um tempo de juízo e todos serão recompensados segundo suas obras" (Patriarcas e Profetas, p. 178).

4. A Presença de Deus no Sofrimento

Deus não é indiferente ao sofrimento. O próprio Jesus veio a este mundo e sofreu. Ele entende a dor do ser humano, pois experimentou sofrimento e injustiça. O livro de Salmos nos mostra que Deus está próximo dos quebrantados de coração e salva os contritos de espírito (Salmo 34:18). Em Seu plano de redenção, Deus promete acabar com toda dor e sofrimento quando Jesus voltar (Apocalipse 21:4).

Conclusão

Em suma, Deus não aprova o mal e o sofrimento, mas o livre-arbítrio dado à humanidade e a existência do pecado fazem parte da realidade em que vivemos. Contudo, os cristãos creem que Deus agirá para trazer justiça e restaurar todas as coisas em Seu tempo. Nesse ínterim, Ele caminha com aqueles que sofrem e oferece esperança de um futuro livre de toda dor e injustiça.

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