Páginas

Sermões de Edilson

sábado, 28 de setembro de 2024

Daniel 2

Meditando em Daniel 2 - O Sonho de Nabucodonosor e a Soberania de Deus

Meditando em Daniel 2 - O Sonho de Nabucodonosor e a Soberania de Deus

O capítulo 2 de Daniel é uma das passagens mais conhecidas e significativas da Bíblia. Ele narra o sonho de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e como Deus revela a interpretação desse sonho ao jovem profeta Daniel. Essa história não apenas descreve eventos históricos, mas também aponta para o futuro do mundo e a soberania de Deus sobre as nações.

1. O Sonho Misterioso de Nabucodonosor

O rei Nabucodonosor teve um sonho que o perturbou profundamente, mas ao acordar, ele não conseguia se lembrar dos detalhes. Desesperado, ele convocou os magos, encantadores e astrólogos de seu reino, exigindo que eles revelassem o sonho e sua interpretação. Quando eles se mostraram incapazes, o rei decretou que todos os sábios de Babilônia fossem executados.

Essa situação nos lembra que as questões espirituais não podem ser resolvidas pela sabedoria humana. Em momentos de crise, a sabedoria de Deus é a única que pode nos guiar e trazer respostas.

2. A Resposta de Daniel: Dependência Total de Deus

Quando Daniel soube do decreto de morte, ele buscou a Deus em oração junto com seus companheiros. O que se destaca aqui é a confiança que Daniel tinha de que Deus lhe daria a resposta.

"Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; e Daniel bendisse o Deus do céu." (Daniel 2:19)

A dependência de Daniel de Deus, em momentos de incerteza e crise, serve de exemplo para nós. Devemos sempre buscar o Senhor em oração e confiar que Ele nos revelará Sua vontade no tempo certo.

3. A Grande Imagem e o Destino das Nações

O sonho de Nabucodonosor foi uma visão de uma grande estátua composta de diferentes metais: a cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e as coxas de bronze, as pernas de ferro e os pés em parte de ferro e em parte de barro. Cada parte representava um império que se sucederia ao longo da história. A cabeça de ouro simbolizava a Babilônia; a prata, o reino Medo-Persa; o bronze, a Grécia; e o ferro, Roma.

Porém, a visão não termina aí. Uma pedra, "cortada sem o auxílio de mãos", atinge os pés da estátua e a destrói completamente. Esta pedra representa o reino eterno de Deus, que se estabelecerá sobre toda a Terra no fim dos tempos.

"Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído." (Daniel 2:44)

4. A Pedra: O Reino Eterno de Deus

De acordo com a teologia adventista, essa profecia aponta para o fim dos reinos humanos e a segunda vinda de Cristo, quando Ele estabelecerá Seu reino eterno. Enquanto os reinos humanos são transitórios e sujeitos à corrupção e destruição, o reino de Deus é inabalável e será para sempre.

Isso nos lembra que, apesar das incertezas e turbulências deste mundo, o plano de Deus está em curso, e em breve Seu reino será estabelecido. Essa promessa nos dá esperança e força para perseverar até o fim.

Conclusão: Confiança na Soberania de Deus

Daniel 2 nos ensina que Deus está no controle da história. Ele coloca e remove reis, governa sobre nações e, no tempo certo, estabelecerá Seu reino eterno. Nossa responsabilidade é confiar nEle, mesmo quando as circunstâncias parecem incertas.

Assim como Daniel, que confiou em Deus diante de um decreto de morte, podemos confiar que Ele nos guiará e nos protegerá em todas as situações. E, acima de tudo, podemos ter a certeza de que o reino de Deus está próximo e será estabelecido para sempre.

Que possamos, dia após dia, colocar nossa confiança na soberania de Deus e viver à luz da esperança da Sua segunda vinda!

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Daniel 1

Meditação sobre Daniel Capítulo 1

Meditação sobre Daniel Capítulo 1

Introdução

O capítulo 1 do livro de Daniel nos apresenta uma história de fé e fidelidade. Daniel e seus amigos Ananias, Misael e Azarias foram levados cativos para a Babilônia, um ambiente cheio de tentações que poderia facilmente desviá-los da fé no Deus de Israel. Contudo, desde o início, Daniel demonstrou firmeza em sua convicção de seguir os princípios divinos, mesmo em meio às pressões culturais e sociais. Esse capítulo nos ensina lições preciosas sobre a fidelidade em meio às adversidades e sobre a importância de honrar a Deus em todas as circunstâncias.

Tópico 1: Um Testemunho de Fidelidade

Daniel e seus amigos foram selecionados para servir no palácio do rei Nabucodonosor. Eles tinham a oportunidade de se destacar entre os jovens babilônios, mas isso exigia que eles seguissem costumes que iam contra os princípios divinos. Quando confrontados com a oferta de comida e bebida da mesa real, Daniel "propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei" (Daniel capítulo 1, versículo 8). Sua decisão de se abster de qualquer coisa que pudesse desonrar a Deus foi um testemunho de sua lealdade e confiança no Senhor.

Ellen G. White comenta: "Em sua juventude, Daniel tornou-se um exemplo de como se deve proceder. Tinha força moral e espiritual para resistir às tentações e manter uma vida de pureza. Ele desejava honrar a Deus em todas as coisas, e Deus o honrou em retorno" (Profetas e Reis, página 481).

Tópico 2: A Provisão Divina em Meio à Prova

A decisão de Daniel e seus amigos de seguir uma dieta simples foi um ato de fé, pois eles confiavam que Deus cuidaria de sua saúde, mesmo sem os banquetes do rei. Ao final do período de dez dias de prova, "pareciam eles mais robustos e de melhor aparência do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei" (Daniel capítulo 1, versículo 15). Isso demonstra que, quando confiamos plenamente em Deus e seguimos Seus mandamentos, Ele nos abençoa e cuida de nós de maneira extraordinária.

O espírito de temperança e fidelidade de Daniel é enfatizado por Ellen G. White: "Seus hábitos temperantes foram uma bênção tanto para o corpo quanto para a mente. Os jovens que seguem os exemplos de Daniel receberão bênçãos semelhantes" (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, página 32).

Tópico 3: Sabedoria e Conhecimento como Resultado da Fidelidade

Por sua obediência e confiança em Deus, Daniel e seus amigos receberam não só saúde física, mas também sabedoria e conhecimento extraordinários. "Quanto a esses quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos" (Daniel capítulo 1, versículo 17). Deus abençoou esses jovens fiéis com capacidades excepcionais para que pudessem influenciar a corte real e serem testemunhas do poder do verdadeiro Deus.

Ellen G. White também ressalta essa conexão entre a fidelidade e as bênçãos de Deus: "A fidelidade de Daniel ao princípio foi recompensada com dons de sabedoria e entendimento. O mesmo Deus que recompensou a fidelidade de Daniel está esperando para abençoar todos os que se colocarem ao lado do direito" (Profetas e Reis, página 482).

Conclusão

O exemplo de Daniel e seus amigos nos ensina que a fidelidade a Deus, mesmo nas pequenas coisas, é essencial. Sua confiança inabalável e a decisão de não se contaminar com as práticas do mundo ao seu redor nos encoraja a fazer o mesmo em nossas vidas diárias. Deus honrou a fé desses jovens com saúde, sabedoria e um papel de destaque em uma nação estrangeira. Se formos fiéis a Deus, Ele também cuidará de nós e nos capacitará para sermos Suas testemunhas, independentemente das circunstâncias que enfrentamos.

Apelo

Assim como Daniel, somos chamados a tomar decisões firmes e inabaláveis em favor da fidelidade a Deus. Não importa quais sejam as tentações ou as pressões que enfrentamos, que possamos seguir o exemplo desses jovens e "propor em nosso coração" não nos contaminarmos com o que desagrada a Deus. Que possamos confiar em Sua provisão e viver de acordo com os princípios que Ele estabeleceu, certos de que Ele nos sustentará e nos abençoará.

Texto bíblico para reflexão: "Daniel, porém, resolveu no seu coração não se contaminar" (Daniel capítulo 1, versículo 8).

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Sobre o Dízimo e Oferta

O Dízimo e a Oferta no Novo Testamento

O Dízimo e a Oferta no Novo Testamento

O dízimo e as ofertas são temas centrais na vida espiritual e financeira dos crentes. Na tradição adventista do sétimo dia, ambos são vistos como expressões de gratidão e fidelidade a Deus. Estes princípios não se limitam ao Antigo Testamento, mas têm um sólido apoio no Novo Testamento, mostrando sua continuidade na era cristã.

O Dízimo: Um Ato de Fidelidade

No Antigo Testamento, o dízimo era estabelecido como um princípio em que os crentes devolviam a Deus 10% de tudo o que recebiam. Em Levítico 27:30, é dito: "Todos os dízimos da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, pertencem ao Senhor; são santos ao Senhor." Esta prática tinha como objetivo sustentar o ministério levítico e manter o templo.

No entanto, no Novo Testamento, encontramos princípios que reforçam a continuidade do dízimo e das ofertas no contexto cristão. Jesus, em Mateus 23:23, ao repreender os fariseus por sua hipocrisia, afirma: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado o mais importante da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; mas estas coisas devíeis fazer, sem omitir aquelas." Jesus não aboliu o dízimo, mas mostrou que a obediência no dar deve ser acompanhada de um coração justo e misericordioso.

Em Hebreus 7, o apóstolo Paulo estabelece uma ligação entre o dízimo e a função sacerdotal de Cristo, utilizando o exemplo de Melquisedeque. Hebreus 7:8 declara: "Aqui, certamente, recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive." Isso indica que o dízimo é uma prática contínua, refletindo a autoridade sacerdotal de Cristo.

A Oferta: Um Ato de Generosidade Voluntária

Além do dízimo, o Novo Testamento enfatiza a importância das ofertas. O apóstolo Paulo ensina sobre a generosidade voluntária como um princípio cristão em 2 Coríntios 9:7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria." Aqui, Paulo não estabelece uma porcentagem fixa como no dízimo, mas incentiva que o cristão doe segundo a sua prosperidade e a disposição de seu coração.

A oferta, no Novo Testamento, não é apenas uma questão de quanto dar, mas de como dar. 2 Coríntios 9:6 ensina: "E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará." Este princípio revela que a generosidade voluntária traz bênçãos tanto para quem dá quanto para o avanço do Reino de Deus.

A Relação entre Dízimo e Oferta no Novo Testamento

A combinação entre dízimos e ofertas no Novo Testamento reflete um princípio de cooperação e sacrifício pelo crescimento da igreja e pelo cuidado com os necessitados. Em Atos 2:44-45, vemos um exemplo claro dessa generosidade: "Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum; vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade." Esta prática revela o espírito de comunhão e sustento entre os cristãos, tanto para o ministério quanto para os necessitados.

Embora o dízimo seja um princípio estabelecido, a oferta está relacionada à generosidade além do dízimo, e ambos trabalham juntos para o sustento da obra de Deus na Terra.

Conclusão

O dízimo e a oferta, longe de serem apenas práticas do Antigo Testamento, são reafirmados no Novo Testamento como atos de obediência, fé e generosidade. O dízimo é um reflexo da fidelidade a Deus, enquanto a oferta é uma expressão de amor e generosidade voluntária. Ambos revelam o coração de um cristão que reconhece a soberania de Deus sobre tudo o que possui. A Igreja Adventista do Sétimo Dia vê o dízimo e a oferta como meios pelos quais o ministério é sustentado e o evangelho é espalhado ao mundo. Que possamos, como Paulo ensina, dar com alegria e fé, confiando nas promessas de Deus.

“O ato de devolver a Deus o que Lhe pertence é uma evidência de que Ele ocupa o primeiro lugar em nosso coração. Dar ao Senhor é um privilégio abençoado, e os que o fazem com sinceridade, sentem-se ricos em Cristo.” — Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, página 96.

Apelo

Deus nos convida a participar da sua obra por meio da fidelidade no dízimo e da generosidade nas ofertas. Lembre-se de que, ao devolvermos uma parte do que Ele nos deu, estamos reconhecendo que Ele é o dono de tudo. Que possamos, à luz do ensinamento bíblico, praticar a fidelidade e a generosidade, sabendo que Deus suprirá todas as nossas necessidades "segundo as suas riquezas em glória" (Filipenses 4:19).

A História da Ressurreição de Lázaro

Meditação - A Ressurreição de Lázaro

A Ressurreição de Lázaro e o Poder de Cristo sobre a Morte

Introdução:

A história de Lázaro, narrada em João capítulo 11, nos oferece uma das mais poderosas revelações sobre o poder de Jesus sobre a vida e a morte. Ao ressuscitar Lázaro, que havia estado morto por quatro dias, Cristo não apenas demonstrou Seu poder, mas também Sua compaixão e a promessa da ressurreição futura para todos os que Nele creem.

O Amor de Cristo por Seus Amigos

Lázaro, Maria e Marta eram amigos próximos de Jesus. Quando Lázaro adoeceu, Maria e Marta enviaram uma mensagem a Jesus, confiantes de que Ele viria para curá-lo. No entanto, Jesus demorou, e Lázaro acabou morrendo. Essa demora pareceu uma negação da ajuda que esperavam, mas Cristo tinha um propósito maior. Ellen G. White comenta que “O amor de Cristo é profundo e sincero, e por mais que às vezes demore, nunca falha em cumprir Seus propósitos para nosso bem eterno” (O Desejado de Todas as Nações, p. 528).

A Fé em Meio à Desilusão

Quando Jesus chegou a Betânia, Lázaro já estava morto há quatro dias. Marta, em meio à sua dor, expressa sua fé: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido; mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá” (João capítulo 11 versículo 21 e 22). Mesmo na morte de Lázaro, a fé de Marta em Cristo não vacilou completamente. Jesus então lhe deu a promessa: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João capítulo 11 versículo 25).

A Compaixão de Cristo

Ao ver Maria e os outros chorando pela perda de Lázaro, Jesus foi tomado por uma profunda emoção. O versículo mais curto da Bíblia, “Jesus chorou” (João capítulo 11 versículo 35), nos revela o quão profundamente Ele se importa com nossas dores. Ellen G. White escreve que “Embora fosse o Filho de Deus, Jesus sentiu toda a tristeza humana em seu coração. Suas lágrimas eram uma prova de Seu amor e compaixão” (O Desejado de Todas as Nações, p. 533). O Salvador não é indiferente ao sofrimento humano; Ele sente nossas tristezas e as compartilha conosco.

O Poder da Ressurreição

Ao chamar Lázaro de sua sepultura, Jesus demonstrou Seu poder divino sobre a morte. Ele clamou em alta voz: “Lázaro, vem para fora!” (João capítulo 11 versículo 43), e o homem que estava morto ressuscitou. Este milagre não foi apenas um ato de compaixão, mas também uma antecipação da ressurreição final, quando Cristo virá para trazer os mortos em Cristo de volta à vida.

Conclusão:

A história de Lázaro nos mostra que, mesmo diante da morte, a fé em Cristo traz esperança. Ele tem o poder de nos ressuscitar, tanto fisicamente quanto espiritualmente. Assim como Lázaro foi chamado para fora da sepultura, Cristo nos chama para uma nova vida Nele, em antecipação à ressurreição final, quando a morte será finalmente destruída para sempre.

Apelo:

Hoje, o chamado de Cristo para cada um de nós é confiar em Seu poder e Sua promessa de vida eterna. A morte, que muitas vezes parece tão definitiva e assustadora, não é o fim para aqueles que estão em Cristo. Você já entregou sua vida ao Salvador que tem o poder de te ressuscitar para a vida eterna? Não adie essa decisão. Aceite o convite de Jesus, Aquele que é a ressurreição e a vida.

Versículos Bíblicos para Reflexão:

  • João capítulo 11 versículos 25 a 26: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá."
  • Apocalipse capítulo 21 versículo 4: "E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas."

Escritos de Ellen G. White:

  • "O Desejado de Todas as Nações", capítulo 58, p. 528, 533

domingo, 22 de setembro de 2024

Últimos acontecimentos da história dessa terra

Meditando sobre os Últimos Eventos da História

Meditando sobre os Últimos Eventos da História

Estamos vivendo momentos solenes. As profecias que anunciam os eventos finais deste mundo estão se cumprindo diante de nossos olhos. No livro Eventos Finais, Ellen G. White nos alerta sobre a importância de estarmos preparados para o breve retorno de Jesus. A cada dia, devemos nos aproximar de Deus e fortalecer nossa fé.

Acelerada Agitação no Mundo

A Bíblia nos fala de um tempo de agitação mundial, onde reinos e nações estarão em conflito. Estamos vendo guerras, crises políticas, desastres naturais e um colapso moral na sociedade (Mateus capítulo 24 versículo 6 a 7). Ellen G. White escreveu: "Logo se levantarão graves problemas entre as nações – problemas que não cessarão até que Jesus venha" (Eventos Finais, capítulo 1, página 12).

O Tempo da Provação Está Chegando

Outro evento destacado é o tempo da provação que precederá o fechamento da porta da graça. Ellen G. White diz que o Espírito de Deus será retirado progressivamente da Terra, e os ímpios mergulharão cada vez mais na impiedade (Eventos Finais, capítulo 6, página 150). Este será um tempo em que nossa fé será testada e apenas os que estiverem firmados em Cristo permanecerão.

O Selo de Deus e a Marca da Besta

Um dos pontos culminantes da história será o conflito final entre o selo de Deus e a marca da besta. A Bíblia nos diz que todos os que aceitarem a marca da besta estarão rejeitando a soberania de Deus (Apocalipse capítulo 13 versículo 16 a 17). Ellen G. White adverte: "Somente aqueles que recebem o selo do Deus vivo estarão protegidos no grande dia da destruição" (Eventos Finais, capítulo 8, página 195).

A Segunda Vinda de Cristo

Por fim, Jesus Cristo retornará em glória e poder. Este é o evento mais aguardado por todos os cristãos fiéis. "Logo aparecerá no Leste uma pequena nuvem negra... Esta nuvem, em crescente aproximação, torna-se mais clara e mais gloriosa, até se transformar na grande nuvem branca" (Eventos Finais, capítulo 10, página 214).

Conclusão e Apelo

Querido leitor, esses eventos estão mais próximos do que imaginamos. A Palavra de Deus nos exorta a estarmos preparados, pois "o dia do Senhor virá como ladrão" (1 Tessalonicenses capítulo 5 versículo 2). Nosso apelo hoje é que você se entregue totalmente a Cristo, buscando diariamente Sua orientação e preparando o coração para Sua breve volta. Que possamos todos estar entre aqueles que ouvirão as palavras de Jesus: "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro" (Apocalipse capítulo 22 versículo 14).

“Satanás está agora mais earnesto do que nunca em enganar e destruir. Está atarefado, preparando-se para a última grande luta, quando todos se hão de empenhar na batalha final.” (Eventos Finais, capítulo 11, página 218)

sábado, 21 de setembro de 2024

Dízimo e oferta.

Sermão: A Verdade sobre Dízimos e Ofertas

A Verdade sobre Dízimos e Ofertas

Bem-vindos a este estudo sobre a verdade bíblica a respeito dos dízimos e das ofertas. Ao longo deste sermão, iremos explorar os princípios que regem essas práticas e como elas impactam nossa vida espiritual e nossa relação com Deus.

Parte 1 - A Origem e o Propósito do Dízimo

O conceito do dízimo remonta aos tempos bíblicos e é estabelecido no Antigo Testamento. A palavra "dízimo" significa literalmente "a décima parte". Deus estabeleceu essa prática como um ato de fidelidade e reconhecimento de que tudo o que temos provém dEle. Em Levítico capítulo 27, versículo 30, lemos: “Todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer dos frutos das árvores, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor.” Isso mostra que o dízimo é uma parte sagrada e dedicada ao Senhor.

O dízimo, além de ser um ato de adoração e gratidão, também tem o objetivo de sustentar a obra de Deus. Em Números capítulo 18, versículo 21, vemos que os dízimos dados por Israel eram direcionados aos levitas, que cuidavam dos serviços no santuário. Assim, o dízimo serve para manter aqueles que são responsáveis por ministrar nas coisas espirituais.

Hoje, para nós, como Igreja Adventista do Sétimo Dia, o princípio do dízimo continua. Ele é parte do nosso pacto com Deus, uma expressão da nossa confiança em Sua provisão. O dízimo é uma lembrança constante de que tudo o que possuímos vem das mãos de Deus.

Parte 2 - O Princípio da Fidelidade e as Bênçãos Prometidas

Além do reconhecimento da soberania de Deus, o dízimo também é um teste de fidelidade. Em Malaquias capítulo 3, versículos 8 a 10, encontramos um dos textos mais conhecidos sobre o dízimo: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.”

Esse texto nos mostra que o dízimo e as ofertas são uma questão de obediência a Deus. Quando retemos o que pertence a Ele, nos afastamos de Suas bênçãos. Porém, quando somos fiéis, Deus promete uma abundante provisão. A fidelidade no dízimo é um ato de confiança no cuidado divino, mesmo quando as circunstâncias parecem adversas.

Muitos podem questionar se dar o dízimo em tempos de dificuldades financeiras é sensato. No entanto, o dízimo não é apenas sobre dinheiro; é sobre nossa fé. Ellen G. White, no livro Conselhos sobre Mordomia, página 54, afirma: “Quando nos afastamos do princípio da entrega sistemática, estamos desonrando a Deus e colocando em risco o sustento da Sua obra.” A fidelidade no dízimo permite que Deus nos abençoe em todas as áreas da vida, e Ele, como o Dono de tudo, promete suprir nossas necessidades. A bênção do dízimo não se limita a ganhos materiais, mas também traz paz, prosperidade espiritual e proteção divina.

Parte 3 - As Ofertas e o Espírito de Generosidade

Enquanto o dízimo é um ato de fidelidade que devolvemos a Deus, as ofertas são uma expressão do nosso amor e gratidão. Elas não têm uma porcentagem definida, mas refletem a generosidade que Deus colocou em nossos corações. As ofertas são um complemento ao dízimo, e através delas, a obra de Deus pode se expandir, alcançando mais pessoas.

No Novo Testamento, encontramos o princípio de dar com generosidade e alegria. Em 2 Coríntios capítulo 9, versículo 7, o apóstolo Paulo nos lembra: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” As ofertas são uma maneira de expressarmos nossa gratidão pelas bênçãos recebidas e de participar na missão de levar o evangelho ao mundo.

Ellen G. White também enfatiza o espírito generoso no ato de dar. No livro Conselhos sobre Mordomia, página 18, ela escreve: “A obra de Deus na Terra depende das contribuições de Seu povo, e Deus fez do retorno ao Senhor dos dízimos e das ofertas uma parte clara de Seu plano de sustento da obra.” Portanto, dar ofertas não é um fardo, mas uma bênção que nos permite participar diretamente no avanço do reino de Deus.

O segredo de uma vida financeira abençoada é confiar em Deus, ser fiel no dízimo e generoso nas ofertas. A verdadeira generosidade brota de um coração cheio de gratidão por tudo o que Deus fez e continua a fazer. Quando entregamos com alegria, Deus multiplica essas bênçãos, tanto em nossas vidas quanto na vida de outros. Como igreja, nosso compromisso com o dízimo e as ofertas fortalece nossa fé, sustenta a obra de Deus e reflete a generosidade do próprio Criador.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Os mortos tem consciência? Como entender alguns textos bíblicos sobre esse assunto?

Eclesiastes 9, versículos 5 e 6 - O Estado dos Mortos

Em Eclesiastes 9, versículos 5 e 6, lemos: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma; nem tão pouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Até o seu amor, e o seu ódio, e a sua inveja já pereceram; e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol."

Aqui, o texto claramente descreve os mortos como inconscientes, sem participação nos eventos da vida. Para os adventistas, isso indica que os mortos estão num estado de sono até a ressurreição.

Apocalipse 6, versículos 9 e 10 - As Almas debaixo do Altar

Em Apocalipse 6, versículos 9 e 10, as "almas" dos mártires são vistas clamando por justiça. No entanto, como os adventistas entendem, esse clamor é simbólico, representando o desejo de justiça divina. Assim como em Gênesis 4, versículo 10, onde o sangue de Abel "clama", essa linguagem não implica que os mortos estejam conscientes, mas sim que suas vidas injustamente interrompidas demandam retribuição.

A Parábola de Lázaro e o Rico (Lucas 16, versículos 19 a 31)

A parábola de Lucas 16, versículos 19 a 31 é frequentemente citada para sugerir que os mortos têm consciência. No entanto, como é uma parábola, ela deve ser interpretada no contexto de suas lições espirituais. Para os adventistas, essa narrativa não descreve literalmente o estado dos mortos, mas simboliza o destino final baseado nas escolhas da vida. Detalhes como a conversa entre o rico e Lázaro são elementos ilustrativos, e não uma realidade literal.

Conclusão: A Bíblia se Contradiz?

Os adventistas ensinam que a Bíblia não se contradiz. Eclesiastes 9, versículos 5 e 6 afirma que os mortos estão inconscientes. Apocalipse 6, versículos 9 e 10 usa uma linguagem simbólica para clamar por justiça. E a parábola de Lázaro não deve ser lida literalmente. Portanto, os mortos não têm consciência até a ressurreição, de acordo com textos como 1 Tessalonicenses 4, versículos 16 e 17 e João 5, versículos 28 e 29.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Zacarias 1

Meditação Zacarias 1

Meditação baseada em Zacarias 1

Introdução:

O livro de Zacarias se destaca entre os profetas menores por suas visões e mensagens de restauração e esperança para o povo de Deus. No capítulo 1, somos apresentados a uma chamada urgente ao arrependimento, seguida por visões que revelam o cuidado contínuo de Deus por Seu povo e o desejo de restaurar Sua aliança com eles. Através de Zacarias, o Senhor exorta o povo a voltar para Ele com sinceridade, prometendo que Ele também voltaria para eles. Vamos explorar como essa mensagem ecoa em nossas vidas hoje.

1. Chamado ao Arrependimento (versículos 1-6):

Zacarias começa com uma palavra clara de Deus ao Seu povo: "Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós" (capítulo 1 versículo 3). A mensagem é direta e lembra o povo do fracasso de seus antepassados, que não ouviram os profetas e sofreram as consequências.

Essa advertência é um lembrete de que Deus deseja que Seu povo viva em obediência, porque só assim eles podem experimentar as Suas bênçãos. Quando olhamos para nossas vidas, muitas vezes somos tentados a seguir nosso próprio caminho, assim como os israelitas. Mas Deus, em Sua misericórdia, nos chama ao arrependimento, oferecendo a oportunidade de restaurarmos nossa comunhão com Ele.

Ellen G. White nos adverte sobre a importância do arrependimento genuíno: "Arrependimento inclui tristeza pelo pecado e o afastamento dele. Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos sua malignidade" (Caminho a Cristo, p. 23).

2. Primeira Visão – Os Cavaleiros (versículos 7-11):

Na segunda parte do capítulo, Zacarias tem uma visão durante a noite. Ele vê cavaleiros que patrulham a terra, confirmando que tudo está em paz. No entanto, essa paz era enganadora, pois o povo de Deus ainda estava no exílio e Jerusalém permanecia destruída.

A visão dos cavaleiros representa o olhar atento de Deus sobre o mundo. Ele não está alheio ao que acontece em nossas vidas, mas está constantemente vigiando e esperando o momento certo para intervir. Às vezes, enfrentamos períodos de silêncio, em que parece que Deus não está agindo. Porém, assim como Ele estava ciente da situação de Jerusalém, Ele também está ciente das nossas lutas.

3. A Promessa de Deus para Jerusalém (versículos 12-17):

Em resposta à visão, o anjo intercede por Jerusalém, perguntando até quando Deus irá reter Suas bênçãos da cidade e de Seu povo. O Senhor responde com palavras confortadoras, prometendo restaurar Jerusalém com misericórdia e trazer prosperidade ao Seu povo.

Aqui, vemos o caráter compassivo de Deus. Embora Ele tenha permitido que Seu povo sofresse as consequências de seus pecados, Sua misericórdia e Seu amor continuam presentes. Ellen G. White nos lembra que "Cristo aguarda com anelo o desenvolvimento de Seu caráter em Seu povo" (O Desejado de Todas as Nações, p. 671). Deus deseja restaurar nossa vida espiritual e trazer verdadeira paz, mas Ele nos chama primeiro a confiar nEle e buscar Sua vontade.

4. Segunda Visão – Os Quatro Chifres e os Quatro Ferreiros (versículos 18-21):

A última visão deste capítulo mostra quatro chifres que representam as nações que dispersaram Israel, Judá e Jerusalém. Em seguida, Zacarias vê quatro ferreiros que vêm para destruir esses chifres, simbolizando o poder de Deus para subjugar os inimigos do Seu povo.

Essa visão reforça a mensagem de que Deus não esqueceu Seu povo. Ele está preparando a redenção e o livramento para aqueles que confiam nEle. Embora o mal pareça prevalecer em muitos momentos, Deus é soberano e Sua justiça prevalecerá no tempo certo.

Conclusão:

Zacarias 1 nos ensina sobre a necessidade urgente de arrependimento e a esperança de restauração. Deus é misericordioso e está sempre pronto para acolher aqueles que se voltam para Ele. No entanto, Ele também é justo, e as nações que se opõem ao Seu povo e ao Seu plano enfrentarão a punição divina.

Hoje, somos chamados a refletir sobre nossa própria vida espiritual. Estamos verdadeiramente arrependidos e voltados para Deus? Confiamos que Ele está no controle, mesmo quando não vemos uma intervenção imediata? O convite de Deus permanece: “Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós.” Ele deseja restaurar nosso coração e nos guiar em Seus caminhos de justiça.

Apelo:

Que possamos, como povo de Deus, responder ao Seu chamado com corações arrependidos e cheios de fé. Que a nossa confiança em Sua misericórdia nos leve a buscar uma caminhada mais íntima com Ele, sabendo que Ele está sempre pronto a restaurar e abençoar aqueles que confiam em Seu poder e amor. Assim como Ele prometeu a Zacarias, Deus está no controle e trará a restauração completa no tempo apropriado.

Oração:

Senhor, te agradecemos pela Tua misericórdia e paciência conosco. Sabemos que muitas vezes seguimos nossos próprios caminhos, mas hoje desejamos nos voltar a Ti com corações sinceros. Perdoa-nos e restaura-nos, Senhor. Que possamos confiar no Teu cuidado e nas Tuas promessas, sabendo que Tu estás sempre no controle. Em nome de Jesus, amém.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Deus e o Sofrimento.

O Sofrimento, a Justiça de Deus e o Livre-Arbítrio

O Sofrimento, a Justiça de Deus e o Livre-Arbítrio

Com o meu pouco conhecimento de Deus e da sua palavra, reconheço que questões como o sofrimento e o mal no mundo são extremamente difíceis e dolorosas, especialmente quando envolvem inocentes como crianças. O cristianismo ensina que Deus é amoroso, justo e todo-poderoso, mas também que vivemos em um mundo caído devido ao pecado.

1. O Livre-Arbítrio e o Mal

Deus criou seres humanos com o livre-arbítrio — a capacidade de escolher entre o bem e o mal. Isso significa que Deus não impõe Suas decisões sobre nós. Tragicamente, o abuso e o sofrimento são resultados das escolhas erradas que as pessoas fazem. Deus respeita o livre-arbítrio, ainda que isso permita o mal no mundo. "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço" (Romanos 7:19). As ações perversas de alguns indivíduos não refletem o caráter de Deus, mas sim a corrupção do coração humano.

2. O Grande Conflito

A teologia adventista acredita que o mundo está em meio a um grande conflito entre o bem e o mal, entre Deus e Satanás. Satanás é a origem do mal, e enquanto este conflito não terminar, o sofrimento existe. Deus, no entanto, não fica indiferente ao sofrimento. Ele sofre junto com os inocentes e está trabalhando em meio a esse mal para trazer redenção. Ellen G. White diz: “Deus é amor. Ele não se alegra com o sofrimento, e o seu propósito final é a eliminação de todo o mal” (O Grande Conflito, p. 29).

3. A Justiça de Deus

O fato de Deus permitir o mal por enquanto não significa que Ele seja indiferente. A Bíblia ensina que Deus é o Juiz final e que todos prestarão contas por suas ações. Há um dia em que a justiça será feita. Embora pareça que o mal triunfa, a Bíblia assegura que Deus intervirá no tempo certo para pôr fim ao sofrimento e à injustiça. “O Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá” (Salmo 1:6). Ellen G. White reforça que "haverá um tempo de juízo e todos serão recompensados segundo suas obras" (Patriarcas e Profetas, p. 178).

4. A Presença de Deus no Sofrimento

Deus não é indiferente ao sofrimento. O próprio Jesus veio a este mundo e sofreu. Ele entende a dor do ser humano, pois experimentou sofrimento e injustiça. O livro de Salmos nos mostra que Deus está próximo dos quebrantados de coração e salva os contritos de espírito (Salmo 34:18). Em Seu plano de redenção, Deus promete acabar com toda dor e sofrimento quando Jesus voltar (Apocalipse 21:4).

Conclusão

Em suma, Deus não aprova o mal e o sofrimento, mas o livre-arbítrio dado à humanidade e a existência do pecado fazem parte da realidade em que vivemos. Contudo, os cristãos creem que Deus agirá para trazer justiça e restaurar todas as coisas em Seu tempo. Nesse ínterim, Ele caminha com aqueles que sofrem e oferece esperança de um futuro livre de toda dor e injustiça.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Santidade

Meditação: O Chamado à Santidade

Meditação: O Chamado à Santidade

Introdução

A santidade é um tema central em toda a Bíblia, e a Palavra de Deus nos chama repetidamente a sermos santos. Em Levítico 19:2, Deus diz: “Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo.” Este chamado à santidade não é apenas para um grupo específico de pessoas, mas para todos aqueles que seguem a Deus. Mas o que significa ser santo? E como podemos viver uma vida de santidade em um mundo que tantas vezes nos afasta de Deus?

O Significado de Santidade

Santidade significa ser separado para Deus, viver de acordo com Sua vontade, e refletir Seu caráter em nossa vida. Não se trata apenas de obediência às leis e regras, mas de uma transformação do coração. Ellen G. White escreve:

"A santidade é o completo acordo com Deus." (Caminho a Cristo, p. 60)
Ser santo é ter o caráter moldado pelo Espírito Santo, vivendo para a glória de Deus em todos os aspectos da vida.

O Exemplo de Cristo

Jesus é o maior exemplo de santidade. Sua vida foi inteiramente dedicada a fazer a vontade de Seu Pai. Ele vivia em perfeita comunhão com Deus e demonstrava em todas as Suas ações o que significa ser santo. Em 1 Pedro 1:15-16, somos exortados: “Assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem. Pois está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo’.”

Cristo nos mostrou que a santidade não é apenas possível, mas é o destino de todo cristão. Ele viveu em um mundo cheio de pecado, mas nunca se contaminou com ele. Sua vida de obediência perfeita e amor abnegado é o modelo que devemos seguir.

O Papel do Espírito Santo

A santidade não pode ser alcançada apenas por nossos próprios esforços. É o Espírito Santo que nos capacita a viver uma vida santa. Ele nos transforma dia após dia, moldando nosso caráter para refletir a imagem de Cristo. Em 2 Coríntios 3:18, lemos: “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.”

A transformação que o Espírito Santo opera em nós é gradual, mas constante. Não somos chamados a perfeição imediata, mas a um crescimento contínuo em direção à santidade.

Santidade e o Mundo

Vivemos em um mundo onde o pecado é normalizado e muitas vezes celebrado. A busca pela santidade pode parecer difícil ou até impossível. No entanto, somos chamados a ser diferentes, a não nos conformarmos com este mundo, mas a sermos transformados pela renovação da nossa mente, como Paulo escreve em Romanos 12:2.

Ellen G. White nos adverte:

"Nenhum homem pode servir a Deus sem antes renunciar ao mundo; pois a amizade do mundo é inimizade contra Deus." (O Grande Conflito, p. 623)
Isso não significa que devemos nos isolar do mundo, mas que devemos viver nele sem ser moldados por seus valores. Devemos ser luz no meio das trevas, refletindo a santidade de Deus em nossa conduta, palavras e pensamentos.

Santidade e Relacionamentos

A santidade também se reflete em como tratamos os outros. Em 1 Pedro 2:9, somos chamados de “nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”. Isso significa que, como povo de Deus, devemos nos destacar pelo amor e pela compaixão que demonstramos aos outros. A verdadeira santidade não é apenas uma questão de comportamento moral individual, mas também de relacionamentos transformados. Devemos amar como Cristo amou, perdoar como Cristo perdoou, e servir como Cristo serviu.

A Promessa de Santidade

A santidade pode parecer uma meta difícil de alcançar, mas Deus promete nos ajudar nesse processo. Filipenses 1:6 nos assegura: “Aquele que começou a boa obra em vocês, irá completá-la até o dia de Cristo Jesus.” A santidade é uma jornada que continuará até o retorno de Cristo. Enquanto aguardamos esse dia, podemos ter a confiança de que Deus está trabalhando em nós, purificando-nos e nos preparando para a eternidade com Ele.

Conclusão

O chamado à santidade é um convite à transformação. Deus nos chama a sermos como Ele: santos, separados para Sua glória. Embora isso não seja fácil, é possível pela graça de Deus e pela atuação do Espírito Santo em nossas vidas. Que possamos buscar a santidade todos os dias, permitindo que Deus molde nosso caráter e transforme nossas vidas.

Apelo

Você está disposto a responder ao chamado de Deus para ser santo? A santidade não é uma meta impossível, mas um processo que Deus deseja realizar em você. Entregue-se a Ele hoje e permita que o Espírito Santo comece essa obra de transformação em sua vida. Que possamos ser um povo santo, vivendo para a glória de Deus e aguardando o dia em que estaremos completamente transformados em Sua presença.

Genesis 3:15

Meditação - Gênesis 3:15

Meditação baseada em Gênesis 3:15 conforme a crença da IASD

Gênesis 3:15: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente; este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."

Introdução

Quando Adão e Eva caíram em pecado, algo extraordinário aconteceu: a harmonia entre o homem e Deus foi quebrada. No entanto, logo após a transgressão, Deus, em Sua misericórdia, revelou Seu plano para restaurar essa comunhão. Gênesis 3:15 mostra a promessa de um Salvador que viria para derrotar o mal e restaurar o relacionamento entre a humanidade e o Criador.

O conflito entre o bem e o mal

De acordo com Ellen G. White, este conflito entre o bem e o mal começou no Céu, quando Lúcifer, um anjo exaltado, se rebelou contra Deus e foi expulso (ver O Grande Conflito, capítulo 29, p. 498). A batalha que começou nos Céus foi transferida para a Terra quando Satanás conseguiu seduzir Eva e levar Adão ao pecado. No entanto, Deus interveio imediatamente, prometendo uma solução definitiva para esse conflito.

A "descendência" da mulher representa Jesus Cristo, que viria a este mundo como o Salvador. O versículo fala de um embate entre Cristo e Satanás. No calvário, Satanás "feriu" o calcanhar de Jesus, causando-lhe sofrimento e morte. No entanto, essa morte foi temporária, e através dela, Jesus derrotou Satanás e o pecado. A "ferida na cabeça" de Satanás representa sua derrota final, quando o mal será completamente destruído.

A promessa de esperança

O coração da mensagem de Gênesis 3:15 é a promessa de esperança. Mesmo diante do pecado, Deus já tinha preparado um caminho para resgatar a humanidade. Ellen G. White afirma que “desde a queda do homem, Cristo foi feito o penhor da salvação do homem” (Patriarcas e Profetas, capítulo 4, p. 65).

Essa promessa não só se refere ao conflito entre Cristo e Satanás, mas também à vitória pessoal de cada ser humano sobre o pecado. Aqueles que aceitam Cristo em suas vidas entram nessa batalha espiritual, mas também são assegurados de que, com Cristo, a vitória é garantida.

A participação dos salvos

Ao longo da história da humanidade, vemos esse conflito se desenrolar entre o bem e o mal, entre os seguidores de Deus e aqueles que se afastam de Sua verdade. Mas, como cristãos, somos chamados a estar do lado do Descendente prometido. Devemos nos apegar à promessa de vitória e participar dessa luta espiritual, sabendo que Cristo é o vencedor.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia acredita que a vitória final de Cristo será consumada em Sua segunda vinda, quando Ele destruirá definitivamente Satanás e o pecado. Até aquele momento, estamos vivendo na expectativa e na esperança dessa redenção final.

Conclusão

Gênesis 3:15 é a promessa da redenção, que aponta para o sacrifício de Cristo na cruz e Sua vitória final sobre Satanás. Como cristãos, somos chamados a aceitar essa promessa e viver uma vida de fidelidade a Deus, sabendo que a vitória sobre o pecado já foi garantida em Cristo.

Apelo

Você tem aceitado essa promessa de redenção em sua vida? Jesus já derrotou Satanás, e Ele oferece a cada um de nós a oportunidade de participar dessa vitória. Não importa o tamanho da batalha que você enfrenta, Cristo já venceu e nos dá a força para vencer também. Aceite hoje o Salvador e viva na esperança da vitória final sobre o mal.

“Desde a queda do homem, Cristo foi feito o penhor da salvação do homem.” – Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 65

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Naum 3

O Clamor de Naum e o Juízo de Deus sobre Nínive

O Clamor de Naum e o Juízo de Deus sobre Nínive

Texto base: Naum capítulo 3

Introdução:

Queridos irmãos, ao lermos o livro do profeta Naum, vemos uma mensagem forte e poderosa sobre o juízo de Deus. Ele descreve a destruição de Nínive, a capital do império assírio, uma cidade que havia se tornado sinônimo de crueldade, opressão e idolatria. No capítulo 3, Naum enfatiza o inevitável juízo divino contra essa cidade, que simboliza as nações que se afastam de Deus.

Hoje, vamos explorar como essa profecia se aplica não apenas ao passado, mas também ao nosso presente, refletindo sobre a justiça de Deus, Sua paciência e, finalmente, o Seu julgamento justo sobre aqueles que persistem na iniquidade.

1. O Pecado de Nínive (Naum 3:1-4):

O capítulo começa com uma denúncia contra Nínive, chamada de "cidade sanguinária". A cidade estava cheia de mentiras, pilhagem e violência. Seu poder foi conquistado através de crueldade e destruição. As imagens fortes de Naum descrevem uma sociedade corrompida, onde a imoralidade, a idolatria e o abuso de poder prevaleciam.

Aqui, vemos que Deus não ignora o pecado. Ellen G. White nos lembra que “onde quer que haja pecado, Deus o há de punir” (Patriarcas e Profetas, p. 580). Assim como Nínive, o mundo de hoje está saturado de violência, corrupção e iniquidade. E ainda que pareça que o mal prevalece, o julgamento de Deus é certo e virá no tempo determinado.

2. A Paciência de Deus e o Aviso aos Iníquos (Naum 3:5-7):

Mesmo diante de tanta maldade, Deus havia sido paciente com Nínive. Cerca de um século antes, Ele enviou o profeta Jonas para pregar arrependimento à cidade, e naquela ocasião, o povo se arrependeu, e Deus suspendeu o juízo (Jonas 3:10). Mas com o tempo, a cidade voltou aos seus velhos caminhos, ignorando a misericórdia divina.

Deus avisa que desta vez o juízo seria final. Ele revela a corrupção da cidade e a expõe à vergonha. Ellen G. White diz: “Deus é longânimo, mas Seu Espírito não contenderá para sempre com os homens” (Patriarcas e Profetas, p. 63). Isso nos lembra que a paciência de Deus tem um limite. Ele concede oportunidades para arrependimento, mas, se não houver mudança, o juízo virá.

3. O Juízo Inescapável (Naum 3:8-19):

Na última parte do capítulo, Deus compara Nínive com Tebas, outra cidade poderosa que foi destruída. Ele mostra que, assim como Tebas caiu, Nínive também cairia, independentemente de suas defesas. O fim da cidade estava selado.

A destruição de Nínive nos ensina que ninguém pode escapar do juízo de Deus. Ellen G. White reforça que "todo ato de transgressão será recompensado" (O Grande Conflito, p. 485). Não importa quão poderosos sejamos aos olhos humanos, sem Deus somos vulneráveis e indefesos diante de Sua justiça.

Conclusão:

Naum 3 nos alerta sobre a seriedade do pecado e o inevitável juízo de Deus. Embora Ele seja paciente e ofereça oportunidades de arrependimento, a persistência no mal leva à destruição. Para o povo de Deus, esta mensagem é um lembrete de que devemos permanecer fiéis, confiando na justiça e misericórdia divinas. Não sejamos como Nínive, que recebeu a oportunidade de se arrepender, mas voltou aos seus pecados.

Apelo:

Queridos irmãos, que possamos hoje ouvir o clamor do Senhor e responder ao Seu chamado para a justiça. Deus nos chama ao arrependimento e à fidelidade. Se há algo em nossa vida que precisa ser corrigido, que o façamos hoje, antes que o juízo de Deus venha. Ele nos oferece Sua graça e misericórdia, mas é necessário que aceitemos Seu chamado enquanto há tempo.

Que possamos nos render ao Senhor e permitir que Ele transforme nossas vidas para sermos exemplos de Sua justiça e bondade neste mundo. Amém.

domingo, 8 de setembro de 2024

Sobre a fé e ordem direcionada por Deus

 

Vivendo a Verdadeira Fé: A Ordem e a Direção Divina na Obra Cristã

Vivendo a Verdadeira Fé: A Ordem e a Direção Divina na Obra Cristã

Introdução

Queridos irmãos e irmãs, hoje nos reunimos para refletir sobre a essência da vida cristã verdadeira e como podemos, de forma eficaz, cooperar com a obra de Deus. Em meio às formalidades e práticas religiosas, o Senhor nos chama a viver uma fé autêntica. Também devemos considerar a importância da organização na obra missionária e confiar na orientação divina, que frequentemente segue caminhos inesperados. Vamos explorar esses princípios e como aplicá-los em nossas vidas e em nosso trabalho cristão.

1. A Verdadeira Vida Cristã

Vamos começar refletindo sobre a importância de viver uma fé genuína. Em RH, 21/04/1903, é mencionado que apenas participar de cerimônias religiosas não é suficiente para garantir uma vida cristã verdadeira. Assim como uma estátua que se move como se tivesse vida, mas na verdade não possui vida verdadeira, muitas vezes podemos estar envolvidos em práticas religiosas sem uma verdadeira conexão com Cristo.

Texto Bíblico: Mateus 7:21 - “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

Aplicação: É fundamental que não apenas participemos das atividades da igreja, mas que nossa vida seja transformada pela presença de Cristo em nossos corações. A verdadeira vida cristã se manifesta em nossas ações diárias, nossa sinceridade nas orações e nosso amor pelos outros.

2. Evitando Complicações Desnecessárias

Outro ponto importante é evitar complicar o trabalho de Deus com invenções humanas. Manuscrito 44, 1894 nos alerta sobre como as pessoas podem tornar o trabalho mais difícil do que é na realidade, criando regras e regulamentos desnecessários.

Texto Bíblico: Mateus 11:29-30 - “Tomem sobre vocês o Meu jugo e aprendam de Mim, porque Sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve.”

Aplicação: Em vez de complicar o evangelho com nossas próprias ideias e regulamentos, devemos confiar em Cristo e seguir Seus ensinamentos simples e claros. Deixar que Deus conduza Sua obra permite que ela flua de forma mais eficaz e abençoe mais vidas.

3. A Ordem e a Direção Divina

Deus frequentemente trabalha de maneiras inesperadas e surpreendentes. TM, p. 300 destaca que o Senhor usará métodos que podem não se alinhar com nossos planos ou expectativas, mas que são eficazes para Sua obra.

Texto Bíblico: Isaías 55:8-9 - “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”

Aplicação: Devemos estar abertos a seguir a orientação divina, mesmo quando ela não coincide com nossos planos ou expectativas. A fé nos chama a confiar em Deus, sabendo que Ele tem um plano perfeito para Sua obra.

4. A Importância da Organização na Obra

A organização é vital para a eficiência do trabalho missionário. Princípios organizacionais são necessários para coordenar os esforços e alcançar melhores resultados, conforme destacado nas orientações sobre organização (p. 51-54; 240-244).

Texto Bíblico: 1 Coríntios 14:40 - “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”

Aplicação: Uma boa organização permite que os esforços cristãos sejam mais direcionados e eficazes. Devemos trabalhar em conjunto, utilizando nossos dons e habilidades para alcançar o maior número de pessoas possível com a mensagem do evangelho.

Conclusão

Queridos irmãos e irmãs, a vida cristã verdadeira exige mais do que apenas seguir rituais; é uma vida transformada pela presença de Cristo. Evitemos complicar a obra de Deus com invenções humanas e confiemos em Sua orientação, mesmo quando Ela nos surpreende. A organização e o trabalho em equipe são essenciais para a eficácia do nosso ministério. Que possamos, portanto, viver de forma autêntica, trabalhar com eficiência e confiar plenamente em Deus para a realização de Sua obra.

Apelo

Vamos nos comprometer a viver a fé verdadeira, a simplificar nosso trabalho para se alinhar com os princípios de Cristo e a confiar na orientação divina. Que cada um de nós, seja na nossa vida pessoal ou no nosso ministério, seja um exemplo de fé viva e eficaz. Que Deus nos ajude a cumprir Sua vontade com alegria e dedicação.

Oração Final

Senhor Deus, agradecemos por Sua orientação e por nos chamar para uma vida de verdadeira fé. Ajude-nos a seguir Seus caminhos e a confiar em Sua direção, mesmo quando não entendemos completamente. Que possamos ser instrumentos eficazes em Sua obra, organizados e dedicados. Em nome de Jesus, oramos. Amém.

sábado, 7 de setembro de 2024

Sobre o pecado ser permitido.

Sermão: Por que Foi Permitido o Pecado?

Sermão: Por que Foi Permitido o Pecado?

Texto-Chave

Salmos, capítulo 89, versículo 14: “Justiça e juízo são a base do Teu trono; misericórdia e verdade vão adiante do Teu rosto.”

Introdução

Queridos irmãos, hoje vamos refletir sobre uma questão fundamental para a compreensão do plano de Deus: Por que foi permitido o pecado? À luz da Bíblia e dos escritos inspirados de Ellen G. White, especialmente o capítulo 1 do livro Patriarcas e Profetas, vamos explorar o caráter de Deus, Sua soberania e como, mesmo na existência do mal, o amor divino se manifesta.

1. O Caráter Imutável de Deus

Deus é amor. Essa é a base de Sua natureza e de todas as Suas ações. No livro Patriarcas e Profetas, Ellen White afirma: “Deus é amor. Sua natureza, Sua lei, são amor. Assim sempre foi; assim sempre será” (p. 33). O amor é o fundamento de Sua soberania, e tudo o que Ele faz é uma expressão desse amor.

Apesar da presença do pecado e da rebelião, o caráter de Deus não muda. A Bíblia nos diz em Malaquias, capítulo 3, versículo 6: "Eu, o Senhor, não mudo". Sua lei, baseada em amor, reflete Seu desejo de que todas as Suas criaturas vivam em harmonia com Ele e uns com os outros.

2. A Permissão do Pecado

Muitos se perguntam por que Deus permitiu o pecado. Se Ele é onipotente, por que não o erradicou imediatamente? Aqui entra a questão do livre-arbítrio. Deus não criou seres autômatos; Ele nos deu a liberdade de escolher servi-Lo ou rejeitá-Lo. Sem essa liberdade, não poderia haver amor genuíno. Ellen White nos lembra que o grande conflito entre o bem e o mal serve como uma demonstração do "imutável amor de Deus" (p. 33).

A Bíblia nos diz em Deuteronômio, capítulo 30, versículo 19: “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que vos propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”. Deus nos apresenta escolhas e nos chama a escolher a vida, a escolher Seu amor.

3. O Conflito Cósmico e o Plano de Redenção

A permissão do pecado também revela o grande conflito entre Cristo e Satanás. Satanás desejava usurpar o trono de Deus e, ao ser expulso do Céu, levou a batalha para a Terra. No entanto, Deus, em Seu infinito amor, não nos deixou abandonados. Ele providenciou um plano de redenção por meio de Seu Filho, Jesus Cristo.

No Calvário, vemos a maior expressão do amor de Deus. Ali, Cristo, o Filho de Deus, tomou sobre Si a culpa do pecado, revelando ao universo que o amor e a justiça de Deus andam de mãos dadas. Em João, capítulo 3, versículo 16, lemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

4. A Soberania de Deus

Deus é soberano, e Sua soberania é expressa não apenas em poder, mas em amor e justiça. No Salmo 89, versículos 13 a 18, o salmista exalta a mão poderosa de Deus, que governa com justiça e misericórdia. O trono de Deus é estabelecido sobre a justiça e o juízo, e é sustentado pela misericórdia e verdade.

A permissão do pecado não diminui a soberania de Deus, mas, ao contrário, realça a profundidade de Seu amor e a perfeição de Seu governo. Deus poderia ter destruído Lúcifer no início de sua rebelião, mas Ele permitiu que o pecado seguisse seu curso para que todos compreendessem as consequências do afastamento de Seus princípios.

5. O Fim do Pecado e a Restauração Final

A história do pecado não durará para sempre. A Palavra de Deus nos assegura que haverá um fim para o mal e o pecado. Em Apocalipse, capítulo 21, versículo 4, lemos: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.”

O plano de Deus culmina em uma nova Terra, onde não haverá mais pecado, e Ele habitará com Seu povo para sempre. O imutável amor de Deus será totalmente revelado quando o pecado for extirpado e a harmonia original do universo for restaurada.

Conclusão

Irmãos, ao refletirmos sobre o porquê de Deus ter permitido o pecado, vemos que, em tudo, Seu amor imutável prevalece. Ele nos deu o livre-arbítrio, permitiu o conflito entre o bem e o mal, mas também providenciou a solução por meio de Jesus Cristo. Que possamos escolher o amor de Deus e andar na luz de Sua face, confiando que, no final, Sua justiça e misericórdia triunfarão.

Apelo

Hoje, Deus nos chama a fazer uma escolha. O pecado foi permitido, mas a redenção também foi oferecida. Escolha a vida, escolha Cristo. Decida hoje confiar no imutável amor de Deus e andar em Seus caminhos. Que Sua justiça e misericórdia guiem cada um de nós até o dia em que o pecado será erradicado para sempre. Amém.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Sobre como é Deus

Meditação: Como é Deus?

Meditação: Como é Deus?

O ser de Deus é um mistério para muitos, mas a Bíblia e os escritos inspirados de Ellen G. White nos fornecem uma revelação clara do Seu caráter e atributos. Neste sermão, exploraremos quem Deus é, como Ele se relaciona conosco e como podemos conhecê-Lo mais profundamente.

1. Deus é Amor

Uma das verdades centrais sobre Deus revelada nas Escrituras é que Ele é amor. No livro de 1 João capítulo 4, versículo 8, lemos: "Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor." Isso não significa apenas que Deus tem amor, mas que Seu próprio ser é definido por este atributo. O amor de Deus é incondicional, eterno e está sempre ativo em busca do bem de Suas criaturas.

Ellen G. White, no livro Caminho a Cristo, escreve: "Deus nos cercou de beleza e de coisas agradáveis aos nossos sentidos para nos mostrar que Ele deseja ser nosso Pai e amigo" (Capítulo 1, página 10).

2. Deus é Justo e Misericordioso

Deus também é um ser de justiça e misericórdia. Ele não tolera o pecado, mas oferece perdão e restauração aos arrependidos. Em Êxodo capítulo 34, versículo 6 e 7, o Senhor se revela a Moisés dizendo: "Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente, longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado; ainda que não inocenta o culpado..."

Ellen G. White escreve em Patriarcas e Profetas: "Em Sua justiça e misericórdia, Deus revela tanto o Seu ódio ao pecado quanto o Seu desejo de salvar o pecador" (Capítulo 4, página 67).

3. Deus é Imutável e Fiel

Outro aspecto importante do caráter de Deus é Sua imutabilidade. Ele é fiel às Suas promessas e nunca muda. Em Malaquias capítulo 3, versículo 6, Deus declara: "Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, filhos de Jacó, não sois consumidos." Sua fidelidade nos dá segurança de que podemos confiar nEle em todas as circunstâncias.

Ellen G. White reforça essa ideia no livro A Ciência do Bom Viver, onde ela escreve: "Deus é constante. Ele não muda; Suas promessas são infalíveis" (Capítulo 2, página 16).

4. Deus é Onisciente, Onipresente e Onipotente

Deus é onisciente (sabe todas as coisas), onipresente (está em todos os lugares) e onipotente (todo-poderoso). O salmista expressa a onipresença e a onisciência de Deus no Salmo capítulo 139, versículo 1 a 3: "Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Observas o meu andar e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos."

No livro O Grande Conflito, Ellen G. White descreve o poder de Deus: "Com uma palavra, Deus pode controlar os elementos da natureza e a mente humana" (Capítulo 15, página 567).

Conclusão

Deus, em Sua plenitude, é amor, justiça, fidelidade e poder. Ele deseja que O conheçamos de forma pessoal e profunda. Através de Jesus Cristo, temos acesso ao coração do Pai, e podemos viver na certeza de Seu cuidado, proteção e salvação. Que possamos buscar conhecê-Lo mais a cada dia e refletir Seu caráter em nossa vida.

Apelo

Hoje, Deus nos convida a entrar em um relacionamento mais íntimo com Ele. Ele quer ser nosso Pai amoroso, nosso justo Juiz, nosso Protetor onipotente. Vamos abrir nossos corações a Ele e permitir que Sua presença transforme nossa vida. Se você deseja conhecer mais profundamente a Deus e permitir que Ele guie sua vida, faça essa decisão agora mesmo em oração.

"Que o Senhor te abençoe e te guarde; que o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; que o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz" (Números capítulo 6, versículo 24 a 26).

Naum 2

Meditação: A Queda de Nínive - Naum Capítulo 2

Meditação: A Queda de Nínive - Naum Capítulo 2

Introdução

O capítulo 2 de Naum descreve a destruição iminente de Nínive, capital do Império Assírio. Este capítulo é uma visão profética de como o orgulho e a crueldade dessa nação, que havia oprimido muitos povos, seria punida pela justiça divina. A mensagem de Naum nos lembra que nenhum império humano pode resistir indefinidamente ao julgamento de Deus.

1. A Preparação para a Batalha

Na visão de Naum, vemos o exército se aproximando de Nínive: "O destruidor sobe contra ti" (capítulo 2, versículo 1). Deus havia determinado que a cidade, outrora invencível, agora enfrentaria sua ruína. Este evento nos ensina que, embora os ímpios possam parecer prosperar por um tempo, o juízo de Deus certamente virá.

Ellen G. White nos adverte que "Deus julgará cada nação que se levanta contra a Sua lei" (O Grande Conflito, página 588, capítulo 35). A queda de Nínive é um exemplo da certeza do juízo divino sobre aqueles que desafiam a soberania de Deus.

2. O Orgulho Precede a Destruição

Nínive era uma cidade de grande orgulho e poder militar. "Os seus carros flamejantes andam com fúria pelas ruas" (capítulo 2, versículo 4). No entanto, esse poder não foi suficiente para evitar a destruição determinada por Deus. A Bíblia frequentemente nos alerta contra o orgulho, pois ele é o precursor da queda.

Ellen G. White escreve: "O orgulho da força humana e o desprezo das advertências divinas precipitam os homens à destruição" (Patriarcas e Profetas, página 130, capítulo 10). Nínive, em seu orgulho, não ouviu as advertências de Deus e sofreu as consequências.

3. A Justiça de Deus é Inescapável

Naum descreve a cidade sendo saqueada: "Tira o despojo da prata, tira o despojo do ouro" (capítulo 2, versículo 9). A riqueza acumulada por Nínive foi tomada por seus inimigos. Isso nos lembra que as posses materiais e o poder terrestre não oferecem segurança contra o julgamento de Deus.

Ellen G. White nos adverte sobre a segurança falsa das riquezas: "Os homens podem possuir riquezas, fama e posição, mas, sem a presença de Cristo, são pobres" (O Maior Discurso de Cristo, página 39, capítulo 2). Nínive aprendeu isso de forma dolorosa quando toda a sua riqueza foi saqueada e sua glória se desfez.

Conclusão

O capítulo 2 de Naum nos mostra que o juízo de Deus é inevitável para os que confiam em seu próprio poder e rejeitam a justiça divina. Nínive, com toda a sua força e orgulho, não pôde escapar do destino que Deus havia determinado. Esta história nos lembra que devemos buscar a humildade e a justiça de Deus, em vez de confiar em nossas próprias forças ou recursos materiais.

Apelo

Hoje, Deus nos chama a abandonar qualquer orgulho ou confiança em nossas próprias forças. Ele nos convida a buscar sua justiça e a confiar em Sua proteção. Não importa quão forte ou bem-sucedido você possa se sentir, sem Deus, não há segurança verdadeira. Entregue sua vida a Cristo e encontre a verdadeira segurança que só Ele pode oferecer.